quarta-feira, 3 de julho de 2013

GOVERNO IMPLODE

Ao fim de dois anos de exercício do poder, em nome da recuperação financeira, o governo de Passos Coelho destruiu o essencial da economia. A esmagadora maioria dos portugueses está mais pobre, as falências de empresas e individuais multiplicam-se, o desemprego ultrapassa um milhão de trabalhadores, uma grande parte dos quais já não recebe subsídio de desemprego. Quanto à situação financeira, o défice já ia, no final do primeiro trimestre de 2013, em 10,6% do PIB (o maior desde o segundo semestre de 2010, ou seja, superior ao que o governo de Sócrates deixou). Tal défice deve-se, em parte, ao dinheiro metido pelo Estado no BANIF, mas se não fosse essa "ajuda", a fazer lembrar o buraco do BPN, o mesmo estaria em 8,8%, mais de 2% que no ano de 2012. A dívida dispara, estando já em 127%/PIB.
Destruiu-se o essencial da economia e agravaram-se os problemas financeiros. Essa foi a consequência do amadorismo e da incompetência do governo ainda em exercício, o qual demonstrou constantemente não estar à altura da sua responsabilidade.
Aquele falhanço foi claramente reconhecido na carta de demissão de Vitor Gaspar. Paulo Portas também abandonou o governo. Passos Coelho mantém-se no maior dos autismos, fruto do desespero em que se encontra.
O governo implodiu e viu os seus dias chegarem ao fim.
A única solução parece passar por dar a voz ao povo. Certamente o PS será o vencedor das eleições que eventualmente sejam convocadas. No entanto, dificilmente obterá uma maioria absoluta. Terá que formar uma coligação com outros partidos e obter o maior consenso possível entre os parceiros sociais, a fim de vencer a crise que dia a dia se agrava. O PSD e o CDS terão novamente um papel importante a desempenhar num tal cenário. O último destes partidos deverá, para isso, seguir uma linha verdadeiramente democrata-cristã, à semelhança do pretendido desde 1974 por Freitas do Amaral, Amaro da Costa e outros seus fundadores. O PSD deverá correr com os incompetentes e anti-sociais-democratas que tem à frente e encontrar uma nova liderança identificada com a herança de Sá Carneiro, adaptada às circunstâncias actuais.-

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