terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

+ E – NO PSD

POSITIVO

1 - A procura do apoio de personalidades da sociedade civil, situadas no centro-direita e no centro-esquerda, por forma a criar uma frente reformista incluidora do centro, da direita e da esquerda mais moderadas.
2 – A escolha de António Carrapatoso, um dos melhores gestores portugueses, possuidor de uma boa formação política e ideológica, para presidir aos Estados Gerais, tendentes a unir as forças ditas em 1, bem como a estudar os problemas com que o país se debate e a preparar um programa de governo.
3- O sentido de Estado demonstrado ao deixar passar um orçamento com que não concordava, tendo, no entanto, através de acordo com o PS e o governo, minimizado os efeitos mais negativos daquele documento.

NEGATIVO

1- A proposta de coligação pós-eleitoral com o partido de Paulo Portas, mesmo obtendo maioria absoluta em próximas eleições legislativas, dado o carácter bastante conservador daquela formação partidária e especialmente do seu líder, que poderá afastar o eleitorado central (o que garante vitórias, como ainda se viu nas últimas presidenciais).
2 – O aparelho do partido, cheio de oportunistas que apenas querem o poder para tratarem das suas vidinhas, bem como dos seus familiares e amigos, e não para efectuar reformas com vista à edificação de um Portugal moderno e mais justo.
3- A mediocridade de boa parte dos “aparatchics”, que impedem os militantes competentes de se afirmarem no partido.
4- A impreparação do líder para o exercício do cargo de primeiro-ministro. Basta analisar o seu “liberalismo” serôdio e mal estudado. É curioso, aliás, como só há 2 ou 3 anos começou a definir-se como liberal, após 3 décadas de actividade político-partidária, quando existem, há muitos anos, liberais a assumirem-se como tal no PSD, no CDS e mesmo no PS ou em “think thanks”, como o Clube da Esquerda Liberal, criado em 1984 e hoje extinto.
5 – O silêncio – cúmplice – face às propostas de um federalismo económico e mesmo político pela Srª Merkel, secundada pelo patusco marido de Carla Bruni, que, na prática, acabará com a soberania partilhada e criará uma soberania limitada, como diria Brejnev, nos tempos em que dirigia a então URSS, a qual conduzirá ao domínio da Alemanha e da França sobre os restantes países.