terça-feira, 4 de maio de 2010

O PSD E O CRAVO DE ABRIL

Nas comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e Aguiar Branco, que interveio em nome daquele partido, compareceram de cravo vermelho ao peito.
Aquele gesto significa que:
1º - o 25 de Abril não tem donos. Também não é de todos os portugueses. Obviamente, não é dos nostálgicos do regime salazarista e inimigos da democracia, mas é de todos os que se identificam com o Estado de Direito Democrático, as liberdades fundamentais e os direitos humanos.
2º - O PSD é um partido identificado com os ideais do espírito original de Abril, deturpado por certa “esquerda” durante o PREC.
3º - Quem, dizendo-se do PSD, é contra o 25 de Abril, melhor será procurar lugar em outro partido mais à direita.
4º - O PSD não é de direita, nem conservador. A este propósito, foi com satisfação que vi, em entrevista concedida ao semanário “Sol”, a primeira vice-presidente social democrata, Paula Teixeira da Cruz, afirmar não haver qualquer aproximação do PSD ao CDS, repudiando o conservadorismo social e de valores do partido liderado por Paulo Portas e defendendo a participação do PSD em eleições sem coligações, mas apenas aberto a independentes, política e ideologicamente situados próximo do partido.