quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O ESTUDANTE JOSÉ SÓCRATES

Na Revista da última edição do “Expresso” vinha uma reportagem sobre a vida do estudante José Sócrates em Paris. Aquele trabalho jornalístico não é lá muito concreto quanto à intenção de o ex-primeiro-ministro acabar ou não uma licenciatura. Na capital francesa, provavelmente, não haverá licenciaturas ao domingo, na sequência de um exercício apresentado numa simples folha A4.
A reportagem também não menciona como é que Sócrates, sem exercer qualquer profissão, custeia os seus estudos e a sua vida corrente em Paris. Contrariamente a Cavaco Silva, para quem 10 000,00 euros são insuficientes para as suas despesas mensais, será tão frugal como os “colechards”? Ou estará a ser ajudado pelos seus familiares que, segundo notícia publicada há algum tempo no “Correio da Manhã” e nunca desmentida, colocaram em off-shores, nos últimos 30 anos, 350 000 000 de euros?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GRÉCIA E PORTUGAL, A MESMA TRAGÉDIA?

Notícias recentes referem que na Grécia há casais a entregar os seus filhos em infantários, dado não terem condições para os criar.
Certamente, é com o coração a sangrar que os pais assim se separam dos filhos.
A crise grega provocou esta situação. O primeiro-ministro Papademus disse que se a próxima tranche financeira não fôr concedida ao seu país, este poderá sair do euro. Em resposta, Angela Merkel afirmou que aquela concessão está dependente de ainda mais austeridade. Provavelmente, da morte à fome de milhares de gregos.
A Srª Merkel diz-se democrata-cristã. A sua insensibilidade face aos problemas sociais dos gregos e demais europeus não tem nada a ver com a doutrina social da Igreja Católica, nem com Konrad Adenauer. Como nasceu na defunta RDA, mais parece decalcar as suas ideias de uns palhaços que em nome da democracia-cristã faziam parte do "parlamento" da parte oriental da Alemanha antes da queda do muro de Berlim, sob a direcção do Partido Comunista do ditador corrupto Honeker.
Os primeiros apertos de cinto na Grécia receberam elogios dos que mandam na UE. Veja-se as consequências que provocaram a nível social. Financeiramente, o país de Sócrates e Aristóteles está cada vez pior. De que valeu tanta austeridade? Apenas somou crise à crise. Se o leitor reparar atentamente, o "ajustamento" português, segundo a novilíngua - como diria Orwell - passista-gasparista, parece um "remake" do que se tem passado na Grécia. A cada dia que passa, as novidades vão mostrando que, como diria o de Santa Comba, "o que parece é".

PS: Assinei uma petição elaborada, entre outros, por Vasco Graça Moura, contra o acordo ortográfico, que foi apresentada na A.R., após recolher 100 000 assinaturas. Vou continuar a escrever como sempre, pois não tenho respeito nenhum por um "acordo" que não foi assinado por mais que um país de língua portuguesa.