sábado, 20 de julho de 2013

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS, JÁ

A tentativa de acordo entre os partidos do chamado arco constitucional proposta pelo Presidente da República falhou.
A culpa do falhanço foi dos partidos da coligação governamental, que queriam amarrar o Partido Socialista às suas políticas também falhadas. Basta recordar que o défice, incluindo o dinheiro investido na nacionalização encapotada  e mal disfarçada do BANIF, ultrapassa os 10% do PIB. Quer o défice, quer a dívida pública, são maiores que há dois anos, quando Sócrates abandonou o poder, apesar de se ter destruido económica e socialmente o país em nome da recuperação financeira.
A carta de demissão de ministro das finanças  de Vitor Gaspar é o espelho do desastre económico-financeiro irrevogável (usando a linguagem de Portas) da coligação de direita no poder. O mesmo Portas dá constantemente o dito por não dito. Como dizia o meu saudoso amigo Dr. Carlos Candal, figura histórica do PS, "virou-nos as costas, salvo seja".
No nosso entender, a única solução para a resolução da presente crise passa por dar a voz ao povo. O vencedor das eleições a realizar seria o PS, muito provavelmente sem maioria. Como o PSD e o CDS registariam copiosoas e merecidas derrotas, as suas lideranças mudariam. Acreditamos que ainda poderiam voltar a ser verdadeiros partidos social-democrata e democrata-cristão. Então, sim, poderíamos ter uma governo de salvação nacional constituido por aqueles três partidos, que recuperasse financeiramente o país com justiça social.
O nosso azar está em Passos e Portas. Esperamos que Cavaco Silva, que até chegou a afirmar, quando primeiro-ministro, ser social-democrata como Bernstein, conclua o mesmo na decisão que vier a adoptar.

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