sexta-feira, 12 de julho de 2013

A LINHA JUSTA DO PAPA E A HIPOCRISIA DE CERTOS "CATÓLICOS"

O Papa Francisco I tem denunciado a ideologia economicista, neo-liberal, dominante e as suas consequências: aumento da pobreza e das desigualdades sociais, abusos do alto capital financeiro e não só, e retirada de direitos aos trabalhadores, parte mais fraca das relações laborais. Denúncias de injustiças relativamente aos poderosos, incluindo os religiosos judaicos do Seu tempo, foram feitas por Cristo.
O Papa tem cumprido a sua missão no mundo, à semelhança de Jesus, adaptando a doutrina cristã ao tempo presente. A opção pelos pobres e a luta contra as injustiças são fundamentais para a salvação dos seres humanos.
Tempos houve em que alguns representantes da Igreja Católica interpretavam de forma deturpada e ao serviço dos "de cima" expressões evangélicas como "felizes os pobres, que deles é o reino dos céus", vendo nas mesmas uma maneira de levar os pobres a aceitar a exploração a que estavam sujeitos, porque um dia teriam a recompensa no além. Dava um grande jeito aos possuidores de riqueza que era a pobreza daqueles. No entanto, o sentido da frase de Cristo era o de apelar para a moralidade na obtenção da riqueza.
Ainda hoje, há quem, dizendo-se fervoroso católico, não siga as posições do papa Francisco I e deturpe o caminho da busca da salvação eterna, como é o caso do fundamentalista religioso e fanático apoiante do neo-liberalismo (condenado pela Igreja de que faz parte), bem como do governo à espera do golpe de misericórdia, o Professor de economia João César das Neves. Recentemente, afirmava no "Diário de Notícias" que o mal das sociedades actuais consiste em terem virado as costas a Deus - aqui tem bastante razão - e não aceitarem as dificuldades inerentes à austeridade, aguardando a respectiva recompensa no céu.
Se Cristo cá voltasse, teria muitos vendilhões a correr do templo, como alguns auto-denominados católicos apostólicos romanos que afirmam, entre outras insanidades, "ainda bem que se está a empobrecer. Isto não podia ser sempre a subir (sic)", "ainda bem que está a morrer mais gente. As pessoas viviam muito tempo". Como esses "católicos" pertencem ao país dos "de cima", facilmente se deduz a quem se referem no tocante a empobrecimento e mortes. Tenho ouvido coisas destas em S. Pedro do Sul, à saída da missa onde esta gente acabou de comungar!...
Não é com intelectuais como João César das Neves e com gente egoista, invejosa e hipócrita que a Igreja Católica segue as pisadas de Francisco I ao serviço da fé, da justiça e da verdade.

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