quinta-feira, 10 de outubro de 2013

NÃO APRENDERAM NADA

Os partidos e membros do governo, muito especialmente o primeiro-ministro, nada aprenderam com a derrota eleitoral de que foram alvo nas últimas eleições autárquicas. Pelo contrário, prosseguem a mesma política de destruição das forças produtivas. Não há sinal de baixa de impostos no próximo orçamento. Os cortes de salários e pensões continuam. Nem as pensões de sobrevivência escapam. Os salários dos funcionários públicos baixarão, segundo o "Correio da Manhã" de hoje, até 10%.
A austeridade prosseguirá, aumentando a recessão, como reconhece o próprio FMI. Qualquer principiante de economia sabe que tendo os cidadãos menos poder de compra e sendo a carga fiscal elevada, a economia tem um crescimento negativo e o desemprego aumenta, o que, aliás, é visível no nosso país nos últimos dois anos.
Perante o quadro descrito, só por ignorância ou má fé se pode dizer vir aí o crescimento. Como os governantes não serão assim tão ignorantes, forçosamente se conclui que mentem descaradamente e estão de má fé, como disse o militante do PSD, Pacheco Pereira, em recente entrevista ao "Público".
Todos os sacrifícios por que a maioria dos portugueses (não os mais ricos) tem passado foram feitos em nome da recuperação financeira, a qual falhou. Nenhum dos objectivos do memorando foi atingido. A troika deveria ter ido embora no passado dia 23 de Setembro. O défice deveria estar em 2,5% do PIB. A "grande luta" do governo PSD/CDS consiste em que o mesmo fique no final deste ano em 5,5%.
Esta política falhou. Os membros do governo falam cada um de sua maneira. Mais do que nunca, impõe-se a intervenção do Presidente da República, demitindo este governo e convocando novas eleições legislativas, ou procurando a criação de um governo de salvação nacional com outro primeiro-ministro.

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