terça-feira, 23 de abril de 2013

PSICOPATAS SOCIAIS

O jornalista Carlos Vargas, ex-assessor para a comunicação social do ministro Álvaro Santos Pereira, afirmou ser o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, um psicopata social.
Certamente, Carlos Vargas estaria a referir-se à ausência de sentido social e à falta de preocupação com os velhos e novos pobres, características do tecnocrata “iluminado” das Finanças, extensivas aos restantes membros do governo e à nova direita dominante no Ocidente e boa parte do mundo.
Essa direita teve como pai Ronald Reagan e como mãe Margareth Thatcher, recentemente falecida. O seu liberalismo económico teve aspectos positivos no crescimento da economia, na criação de emprego e na ascenção social de pobres e remediados. No entanto, nem todos conseguiram subir na vida. Os que continuaram pobres ficaram ainda mais pobres. Face a estes, quer os republicanos americanos, quer os conservadores ingleses, nos anos 80, mostraram insensibilidade social e desprezo, culpando-os, na prática, pela sua situação, à semelhança de Passos e Gaspar, actualmente, no nosso país.
Thatcher dizia não existir a sociedade, mas apenas pessoas, famílias e empresas. Esta expressão espelha o individualismo e o egoísmo dos neo-liberais, responsáveis pela falta de solidariedade, coesão social e ausência de valores que corrói o Ocidente.
Por outro lado, a excessiva desregulamentação ultra-liberal conduziu ao aprisionamento dos Estados pelo poder económico, ao abandono da produção e ao endosso de uma economia de casino, originários da crise actual.
O neo-liberalismo falhou. A liberalização económica deverá ser acompanhada de solidariedade, justiça social e regulação. Só assim, retomando o capitalismo a sua faceta humanista, desaparecerão da política os psicopatas sociais.

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