segunda-feira, 6 de maio de 2013

GOVERNO SANTANA LOPES II

Durante o governo de Pedro Santana Lopes de má memória, era vulgar ministros contradizerem-se, bem como o próprio primeiro-ministro.
Aquela situação volta a verificar-se com o governo actual. Notícias recentemente divulgadas sobre divergências entre Paulo Portas, os outros ministros do CDS e alguns do PSD com Passos Coelho e Vítor Gaspar, tiveram ontem a sua confirmação nas declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros.
Paulo Portas afirma claramente não concordar com uma medida concreta do governo a que pertence, a nova taxa proposta sobre as pensões de reforma.
Está provado que o governo se encontra dividido. O primeiro-ministro, além do seu isolamento social, começa a estar também isolado – com o ministro das Finanças – no próprio executivo a que preside, no qual já não tem a necessária autoridade.
Há, pois, muitas semelhanças com o governo de Santana Lopes, mas com uma diferença: hoje atravessamos uma muito grave crise económica, social e financeira, pelo que, mais que naquele tempo, impõe-se a demissão do governo.
Muitos verdadeiros sociais-democratas, fieis à herança de Sá Carneiro, têm criticado a política do governo e da direcção do PSD. Está na hora de avançarem para a conquista do partido, com vista à constituição de um governo de salvação nacional com as demais forças do arco constitucional, que abandone esta austeridade destruidora do país e concilie o combate à crise com crescimento económico e justiça social.

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