terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ELES NÃO SE ENTENDEM? OBVIAMENTE DEMITAM-SE

O governo  é cada vez mais um poço de contradições, ilusões e mentiras.
O ministro da Economia afirma ser necessário apostar no investimento e no crescimento, pois apenas austeridade conduz à recessão. Chegou tarde a esta conclusão, mas mais vale tarde que nunca. De seguida, em entrevista televisiva, o primeiro-ministro diz que o país não pode afastar-se da austeridade. Quanto ao crescimento, aos costumes disse nada.
Na mesma entrevista, Passos Coelho insinuou que os portugueses teriam que passar a pagar propinas pelos estudos dos seus filhos no ensino secundário, agora obrigatório. Tal não acontece em nenhum outro país da UE. Logo, vem o ministro Crato afirmar que a gratuitidade daquele ensino não está em causa.
O CDS está claramente com um pé dentro e outro fora do governo.
O "guru" da economia e finanças, fracassado nos objectivos que propôs, insistindo, no entanto, no mesmo método, Vitor Gaspar, aproveitou o recente benefício concedido à Grécia para reclamar o mesmo para Portugal, no parlamento. Bastou que os ministros das Finanças da Alemanha e da França dissessem não serem tais benefícios extensivos ao nosso país e à Irlanda - afinal, Durão Barroso e Van Rompuy não riscam mesmo nada na UE - para Gaspar recuar, dando-lhes razão, abdicando de defender o interesse nacional e dizer que não disse o que disse. Foi tudo má interpretação da comunicação social...
Nem no governo de Santana Lopes, de má memória, se viu tanto desentendimento, mediocridade, incompetência e aldrabice mental. Se eles não se entendem e, cantando e rindo, prejudicam o país e os seus cidadãos, obviamente demitam-se.
Substitua-se esta gente por um governo de salvação nacional, constituido pelos partidos do arco constitucional e/ou independentes. Há no PSD pessoas competentes e preparadas para um melhor desempenho  governamental, que poderão encabeçar esse governo.
Passos Coelho, como também dizia Humberto Delgado, na sua campanha para Presidente da República, em 1958, a propósito de Salazar e seus sequazes, "cansou-nos! Reforme-se!".

PS:  passam hoje 32 anos sobre a morte de Sá Carneiro, Amaro da Costa e seus acompanhantes, em Camarate. No ano passado, o PSD e o CDS mandaram celebrar uma missa pelos então falecidos, na qual participaram Passos Coelho, Paulo Portas, diversos responsáveis dos seus partidos e muitos socialistas. Creio que o próprio Mário Soares, mesmo não sendo crente, participou na liturgia. Hoje, que haja conhecimento, não decorrerá qualquer homenagem nacional àqueles democratas e patriotas. Este comportamento dos partidos governamentais mostra não acreditarem na social democracia e na democracia cristã defendidas por aqueles Homens. Por outro lado, ainda bem que assim procedem, pois os principais defensores do pior que o capitalismo tem homenagearem-nos seria um insulto à sua memória.   

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