quinta-feira, 13 de setembro de 2012

11 DE SETEMBRO, DIA DE AZAR

No dia 11 de Setembro de 1973, o general Pinochet, através de um golpe de Estado, acabava com o regime democrático no Chile, iniciando um regime repressivo e sanguinário.
No dia 11 de Setembro de 2001, terroristas suicidas da Al Qaeda, no ataque às torres gémeas, em Nova Iorque, matavam cerca de 3 000 pessoas.
No dia 11 de Setembro do corrente ano, após as dolorosas medidas anunciadas pelo primeiro-ministro poucos dias antes, a que me referi no post anterior, em que comparava esse cavalheiro a Mitt Romney, o ministro das Finanças afirmava que, apesar de o cumprimento do memorando durar mais um ano – a pedido do governo, segundo um representante da troika – o executivo terá de aumentar impostos, diminuir salários e pensões, entre outras decisões gravosas para os portugueses.
Na campanha eleitoral, o actual primeiro-ministro prometeu não aumentar impostos, nem cortar salários aos funcionários públicos. Há poucos meses afirmou não serem necessárias mais medidas de austeridade. Há menos de um mês, no Pontal, disse prever um crescimento positivo da economia no próximo ano. No dia 11 de Setembro, Vítor Gaspar desmentia-o, considerando continuar a aumentar o número de desempregados e ter a economia um crescimento negativo, de 1%, em 2013.
Para além de não haver uma liderança, nem tão pouco coordenação neste governo, os seus membros, especialmente o primeiro-ministro, primam pela mentira. Como dizia o poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht, “o que é difícil não é governar, mas explicar a escravidão e a mentira”.
O actual governo está desacreditado ao fim de pouco mais de um ano. Os seus objectivos como fim dos enormes sacrifícios para a maioria da população portuguesa falharam rotundamente. Na coligação governamental, e especialmente no PSD, o desnorte é enorme, devido a tanta incompetência, aldrabice e falta de estratégia num tempo tão difícil.
Tudo isto terá consequências, das quais o Senhor Presidente da República não poderá lavar as mãos como Pilatos.


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