quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

MODERAÇÃO E COMPETÊNCIA PRECISAM-SE NO PS

O governo apresentou a "ida aos mercados" como um sucesso. No entanto, logo a seguir, ficámos a saber que a economia decresceu 3,2% no ano transacto, tendo, no mesmo período, a dívida pública atingido  mais de 122% do PIB.  Ou seja, o esforço financeiro, além de destruir a economia, provocar desemprego e destruir a classe média,  de nada está a valer... financeiramente.
O  teórico  "iluminado", de laboratório, Vitor Gaspar, reconheceu mais  um dos seus falhanços. A crer nas suas palavras, em 2013 a economia terá um crescimento negativo de 2% (o dobro do previsto no O.E. para o ano corrente). Assim sendo, este documento ficou ultrapassado e mais austeridade nos espera.
Não admira, pois,  que em todas as sondagens o PS seja o grande vencedor, a esquerda apareça em claríssima maioria e António José Seguro surja como o líder mais popular, enquanto a imagem de Passos Coelho anda pelas ruas da amargura.
Mas será Seguro um líder e futuro primeiro-ministro mais credível que Passos Coelho? Tem feito ataques certeiros à política do governo da direita, mas que ideias, que projecto apresentou que demonstrem vir a aplicar uma política diferente, para melhor, do seu adversário do PSD? As "escolas" de ambos são as mesmas: das jotinhas, caracterizadas por umas ideias soltas e desgarradas umas das outras, bem como uma grande incapacidade para o governo da res publica.
Recentemente, houve uma tentativa de António Costa e apoiantes de José Sócrates para tirar o tapete a Seguro, a qual resultou infrutífera.
António Costa seria um melhor primeiro-ministro que António José Seguro, mas mantém-se agarrado a conceitos desactualizados de socialismo, postos de lado pela generalidade dos partidos socialistas, trabalhistas e sociais-democratas. Quando se aperceberão os socialistas portugueses que mesmo vencendo as próximas autárquicas - facto esperado - terão de apostar, nas próximas legislativas, num moderado e bem preparado para a governação como Francisco Assis ou Luis Amado? Qualquer um deles tem condições para captar os votos do núcleo duro do PS, do eleitorado central e de muitos milhares de verdadeiros sociais-democratas e verdadeiros liberais que ainda acreditam no PSD.      

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