quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O ANTICICLONE AÇOREANO

O anticiclone eleitoral registado no passado domingo nos Açores, além de uma grande vitória para o PS, ao fim de muitos anos de poder, constituiu uma derrota de consideráveis proporções para os partidos do governo nacional, especialmente o PSD, o que, aliás, foi reconhecido pelo seu líder e primeiro-ministro.
De nada valeu a candidata”social democrata” Berta Cabral distanciar-se do governo central. Nada ajudaram as visitas de Moreira da Silva, Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, ou Paulo Portas, aos Açores, pelo que esta derrota também é deles.
Se este governo está cada vez mais isolado da sociedade, Passos Coelho e Vítor Gaspar estão isolados no governo, como se pôde constatar por notícias relativas às prolongadas reuniões do Conselho de Ministros aquando da discussão da aprovação do Orçamento Geral de Estado para 2013.
Nesta situação de crise económica, financeira, social e, agora, sobretudo política, usando uma linguagem popular, o governo “deu o que tinha a dar” (tirar, já tirou demais). Impõe-se o seu fim e a constituição de um governo de salvação nacional, partidário ou constituído por independentes, com óbvio suporte parlamentar.

Sem comentários: