terça-feira, 28 de agosto de 2012

LER SONDAGENS

Segundo a última sondagem publicada no "Expresso", o PSD ganharia eleições, neste momento, com apenas 1 ponto de vantagem sobre o PS (34% - 33%). No entanto, haveria uma clara maioria de esquerda no parlamento. Relativamente ao último acto eleitoral para a A.R., PSD e CDS descem, PS e BE sobem as respectivas votações, e a CDU mantém essencialmente o mesmo score.
No entanto, Pedro Passos Coelho é o mais impopular dos líderes partidários, enquanto Paulo Portas regista o maior apoio, logo seguido, de perto, por António José Seguro.
Cavaco continua a registar uma imagem bastante má, o que não havia acontecido com nenhum outro PR eleito, tal como o parlamento e o governo. A "votação" neste último órgão de soberania é péssima (ultrapassa os 20 pontos negativos).
Desta sondagem pode concluir-se:
1º - analisando a intenção de voto nos partidos, a popularidade dos seus líderes e a imagem do governo, está-se perante um empate técnico, ou seja, tanto poderiam, caso agora se realizassem eleições, vencer as mesmas o PSD como o PS.
2º - Havendo uma maioria de esquerda, PSD e CDS seriam afastados do poder, tendo António José Seguro muitas probabilidades (mais do que Passos Coelho) de ser eleito primeiro-ministro.
3º- A receita governamental e da troika para a crise falhou, o que é claramente perceptível pelo cidadão comum, hoje desiludido com o governo PSD/CDS.
4º- Paulo Portas e o CDS (a descida deste partido é pequena) têm-se resguardado da intempérie que começa a fustigar o governo, pagando as "despesas" apenas o PSD.
5º- Os órgãos de soberania estão desacreditados aos olhos da população.
E, quando aquela sondagem foi publicada, ainda não eram conhecidos os números que apontam para o incumprimento da meta do défice no presente ano, bem como a vergonhosa solução anunciada para a RTP pelo "12º ministro", António Borges...

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