quarta-feira, 7 de setembro de 2011

É PRECISO TER LATA !

Em declarações prestadas recentemente, o novo secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, atacou violentamente os cortes previstos para a saúde, a educação e outros sectores de carácter social no próximo Orçamento Geral de Estado.
Seguro "esquece" três coisas fundamentais: que o governo garante que ninguém deixará de ter acesso àqueles direitos por não poder custeá-los, que estas medidas se inserem no acordo firmado na passada Primavera entre o governo do seu partido (apoiado pelo PSD e pelo CDS) e a troika, que o executivo de Sócrates fez acentuados cortes na saúde e na segurança social. Que o digam os reformados com pensões mais baixas e os desempregados.
Seguro criticou ainda o aumento de impostos. Até parecia um liberal a falar... mas não foi o governo do PS que, sempre que havia dificuldades financeiras, aumentava as receitas, muito especialmente as fiscais? Porque não apoia o imposto extraordinário de 3% sobre as empresas com lucros mais elevados, que tanto reclamava?
Diz ainda o novo líder socialista que os juros e os lucros na bolsa deveriam ser taxados. Na situação actual do mercado de capitais, seria o fim da bolsa. Quanto à taxação de juros, está o leitor a imaginar a fuga de capitais para o estrangeiro e a situação em que os bancos ficariam. Já agora, porque não diz onde se deve cortar nas despesas?
Por aqui se vê a falta de sentido de Estado e a irresponsabilidade do PS e do seu líder, que não engana os portugueses. Apesar das medidas difíceis e impopulares, segundo uma sondagem publicada na última edição do "Expresso", se agora decorressem novas eleições, o PSD e o CDS reforçariam a votação registada no passado dia 5 de Junho e alargariam a actual maioria parlamentar.

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